domingo, 23 de setembro de 2007

Flagie, eu e o bar.


Com ela tudo fora sempre inusitado. Desde a primeira vez que bati os olhos naquela mulher algo jamais me abandonaria; a paz de espírito. Lembro-me dos seus olhos negros,  cabelos levemente aloirados e do sorriso meio garota, meio mulher. Estávamos no bar, uma reunião pré natal entre colegas e fomos apresentados por um amigo gay e em comum. A sintonia foi automática, e os nossos olhares se entregaram cúmplices e recíprocos. Estávamos numa grande turma e o vai e vem num agradável e refinado ambiente fazia da noite algo excitante. Como insistíamos em nos olhar, a curiosidade foi nos aproximando rapidamente. Lembro-me que na sua volta do toilette propositalmente esbarrei nela por uma das mesas. E foi ali parada à minha frente que ela me permitiu penetrar em seu olhar. E lembro que ficamos como duas estacas,  estátuas perdidas e inertes e sem saber o que falar, salvo estarmos ali nos olhando, permitindo a ternura tocar. Foi estranho, mas, naquele instante o mundo poderia terminar sem que percebêssemos. E todo o alarido que nos cercava e as vozes altas das pessoas envoltas em sorrisos, contando suas vidas, seus negócios, suas conquistas e piadas  não nos faziam qualquer sentido ou diferença Sutilmente toquei-a no braço e ela entendeu que eu gostaria que me acompanhasse. O garçom passou naquele exato momento. Chamei-o:

-Por favor, para mim um bloodmary e para a senhorita um.... -

-Para mim um Martini duplo – Confirmou num sorriso tão gentil que fez valer a noite do solícito funcionário.

Fomos para a sacada no Bar, e ali cúmplices, trocamos as primeiras palavras e então eu soube do seu nome; Flagie

-Sim, Flagie! Mas por que exatamente esse nome? –  Eu perguntava e ela sorria ao tentar explicar a origem. E foi um sorriso tão apaixonante que foi impossível não achá-lo a coisa mais importante de algum tempo.

Logo após chegaram as bebidas e nós ali, no úmido ar das dez da noite, ombreados como dois pássaros friorentos fomos para um ante-salão de iluminação quase psicodélica e onde rolava um vídeo do U2. Enfiamo-nos entre as pessoas que conversavam e assistiam o show projetado num telão, pois sentimos a necessidade de carinho, de aproximar corpos e do calor que se amana deles. Focos de luzes coloridas pairavam sobre as pessoas quando encostamos nossos braços e pressionamos um contra o outro.Ali nos dissemos quem éramos e nos beijamos pela primeira vez. Foi um beijo avassalador e eu não poderia imaginar como uma criatura tão meiga pudesse ser tão visceral com seus lábios. Senti sua boca e língua dentro de mim, e ela pressionava a minha,  se enroscava  como cobra furiosa. Meus braços a envolveram e a sua resistência foi cedendo aos poucos e então grudou em mim como se fizéssemos parte de uma única peça. A excitação, latente, a fez pressionar a xana de encontro ao meu pau como se fôssemos marginais acuados  pela polícia.

Eu conhecia bem aquele Bar e há muito que o frequentava, já que era de propriedade do meu velho amigo Heitor. Eu conhecia todas as suas dependências e ali mesmo já acontecera tantas coisas que se Deus não soubesse, até  ele duvidaria. Heitor formou-se na mesma turma que a minha; éramos publicitários e amigos de farra, e ele me devia alguns favores de juventude  ao usar meu quarto para trepar com algumas namoradas dos tempos de cursinho, afinal,  eu era filho de pais separados, e mamãe chefiava o RH duma importante multinacional, passando mais tempo à empresa que propriamente em casa. E era a o que recordava ao tocá-la no braço indicando que deveríamos sair dali. Flagie percebeu que deveria me seguir. Passei pelo caixa, pisquei para Heitor e um parde chaves foi passado para  minhas mãos. Dali fomos mais ao fundo do bar onde transitavam apenas funcionários e subimos uma pequena escada espiral. No topo demos com uma porta, e eu enfiei uma das chaves e ela se abriu. Ao entrarmos demos num  terraço envidraçado e com persianas. Evidente, notei o olhar espantado de Flagie, ja que a percebi algo exitante ao me seguir. Adentramos mais aquele ambiente escuro e onde o cheiro de mofo predominava. e acendi a luz e ela em forma de pingente brilhou, tênue e nostálgica acima da mesa de bilhar. Estávamos excitados e nossas bocas se encontraram novamente e as mãos se livraram do pudor. Escorado na mesa de bilhar eu tateava o seu corpo voluptuoso,  percorrendo todos os contornos enquanto suas mãos procuravam abrir os botões da minha calça. Não foi difícil, e então senti seus  dedos ansiosos dispensar meus botões um por um.

Daí pra frente foi fácil. E ao ter a minha  arriada Flagie se ajoelhou e mordiscou meu pau por cima da cueca. Eu sentia as mordiscadas enquanto suas mãos pressionavam baixo o tecido que lhe tolhia o desejo. Não demorou e ela conseguiu e a sua boca se sua boca ficou defronte ao meu pau, duro, latejando. Eu gemi quando contornou a glande com uma língua úmida e  quente e depois deliciosamente brincou co meu pênis, ora engolindo, ora mordiscando a cabeça. E ela me dizia coisas que me deixavam maluco,e acariciava as minhas bolas e depois enfiava sua mão por debaixo da própria saia e acariciava suas partes.  Era incrível o que ela fazia conosco, e eu a deixei agir por conta própria ao olhar o seu deslizar de mãos pelas grossas  coxas para depois acariciar seu sexo por sobre uma fina calcinha branca.  Excitado eu peguei por debaixo do queixo e docemente ergui o seu rosto e ela surgiu inteira diante de  mim.. E novamente seus lábios estavam nos meus, e após algumas carícias as minhas mãos penetraram por baixo da sua saia. Uma saia num tecido leve e florido que conferia a ela o frescor da juventude. Suavemente conduzi as  mãos tocando suas coxas com as pontas dos dedos, e fui seguindo mar acima até roçar a seu sexo por sobre a calcinha, e depois pressioná-lo com a palma da mão num movimento abre/fecha. Foi o instante dum longo suspiro de   Flagie. Com o dedo indicador sutilmente desloquei o elástico separando o tecido da virilha. e o  penetrei pelo vão. Ele estava excitada, molhada. Retirando as a mãos sob a saia ajudei a se livrar dela ao descer um longo ziper lateral. Sem movimentos bruscos o abaixei  e a saia se afrouxou da cintura e foi morrer nos calcanhares. Flagie era uma delícia naquela peça  de tecido semi transparente, e inda mais sensual e misteriosas sob o parco brilho da luz que, acesa,  iluminava nostalgicamente o centro da mesa, algo de apelo noir. Tirei a sua blusa e seios  fartos e firmes arquejavam sob o sutiã.. Com a libido aflorada mordisquei-os por cima do tecido de rendas e depois introduzi as mãos por dentro dos bojos trazendo seus seios para fora do sutiã. A visão foi maravilhosa, e um cheiro suave de perfume se desprendi das mamas, induzindo-me a   levar o rosto à direção e voltear com a língua cada um dos seus mamilos. Flagie  gemeu e sua boca em desespero procurou a minha,  e sentia as lambidas da sua língua em meu rosto, para depois mostrar os dentes e me mordiscar sutilmente no queixo e pescoço. Agora o olhar era o desejo da fera ao fincar garras na presa, e ela se desvencilhou da minha camisa e seus dentes cravaram em meu peito e eu gemi com alguma dor.
Sofrega, Flagie emitia pequenos grunhidos e sua língua me tocava os mamilos, subindo e descendo pelo meu tórax. Um pouco depois sua boca alcançou meu abdome e brincou com o umbigo.. Com as mãos ávidas nos desnudamos e a ajudei a se livrar da calcinha e do  sutiã num mesmo instante que ela se empurrava as laterais  da minha cueca pra baixo. Enfim, estávamos completamente nus quando com alguma paixão nos beijamos, e depois lambemo-nos. Ela sentou-se na borda da  mesa e  rastejou o corpo até o seu centro dela. .

Era lindo vê-la ali, nua, sob o reflexo da luz. Duas garrafas de champanhe vazias e envelhecidas pelo tempo encontravam-se à ali. Como fêmea defendendo o território ela se livrou das garrafas com um empurrão de antebraço e elas se estilhaçaram ao chocarem-se contra o piso. Um cheiro de sexo misturado à   perfume instigou-me. Foi então que ela separou suas pernas, acariciou seu sexo e me chamou flexionando o seu indicador. A visão me era indescritível e foi impossível manter o controle ao meter o meu rosto no meio de suas coxas. Em pé à borda da mesa sussurrei bobagens, puxei-a pelas pernas até ficar rente a beirada da mesa, e levei a mi ha boca até sua xana. Como se fosse um animal sentindo o gosto da caça eu a lambi de baixo para cima, e depois penetrei a língua bruscamente. Flagie gemeu e murmurou "Chupa!" -  E eu a fodi gostoso, insano, e minha língua entrava e saia da sua buceta,  impregnada de minha saliva e do líquido que  expelia. Era o momento da loucura e ela me pedia pressa, rapidez, que a fodesse com mais vigor, que penetrasse a língua bem no fundo. Eu sentia a  língua molhada pela saliva e por seu líquido enquanto ela gemia, suspirava,  e pedia para que a lambesse mais rápido e forte. Fui para cima  da mesa e me estirei sobre ela. Agora nossas bocas se possuíam,  era como se copulassem, e nos beijávamos e mordíamos.
Me desvencilhei dos lábios e fui descendo até chegar aos seios  e voltear com a língua cada um dos mamilos. Ante o contato da língua os seus mamilos enrijeceram, e eu,  sofrego os sugava insanamente à ponto de ela se queixar que os dentes machucavam os mamilos. Aliviei  pressão e apenas os sugava quando ela suspirou e depois proferiu palavras obscenas que me deixavam maluco. Meu pau latejava à ponto de explodir de tesão, quando ela se abriu por completo e ordenou que a possuísse.  O encontro do meu pau com a sua buceta foi pura redenção, e eu a penetrei e sua xana parecia me engolir levando-me ainda mais para dentro dela ao passar os braços sobre as minhas costas e puxar-me pelas nádegas. Eu a bombeava e não havia qualquer timidez nos gemidos e nem das palavras que dizíamos um ao outro, pois nossos desejos eram  reis, soberanos. Eu a estocava com ardor quando ela ordenou; "Tira daí" - Eu tirei o pau de dentro, e ela  num hábil meneio de corpo saiu debaixo do meu corpo e se pôs de quatro e rebolou empinando a bunda.

E parca luminosidade da luz fazia o ato parecer uma cena de putaria dos tempos de gangster. Flagie murmurava ao olhar para trás. Sua voz soou trêmula "Vem, me bate na bunda e penetra teus dedos nos meus cabelos“ - Ela pediu - Eu sabia o que ela queria. Então eu fui, calmo, sem pressa, com o pau latejando, melado pelo líquido de  minha própria excitação. Flagie sentiu o meu pênis tocando o seu rabo, e ela  empinou mais e suavemente lhe pincelei o rego fazendo o pau subir e desce, enquanto dava- lhe palmadas nas nádegas. Isso a excitava loucamente e ouvi os seus gemidos e a ordem“Venha agora”
Estava fora de mim diante tanta excitação quando a penetrei e ela murmurou e gemeu " ais" num misto de dor e prazer. Com movimentos compassados eu a estocava mais fundo e forte. Flagie agora não mais se continha e seu tom perdia a suavidade e ela ordenava num tom autoritário - "Vamos porra, me fode!" - E conforme o pau seguia mais à frente ela  gemia e  pedia mais - "Bata na minha bunda, anda!" - Ordenava, num  prazer absoluto que o sexo anal lhe causava. O meu pau ardia , e então acelerei e estoquei forte, e ela meneava os quadris fazendo com que ele deslizasse mais facilmente. E enquanto era enrabada ela friccionava rapidamente o clitóris com os dedos, e seus gemidos eram altos, sinal indicativo que o  momento chagava. Foi então que enterrei, de uma única vez,  e ela gemeu, grunhiu num mesmo instante que eu, num insano e fantástico gozo. Um gozo que, sabia,  à partir daquele instante dificilmente nos deixaria longe do outro.

Claro, as probabilidades de isso acontecer com você talvez seria de uma chance em mil, mas, foi assim que aconteceu conosco. Foi assim que ela gostou, e que eu gostei. E foi assim, porque assim tinha que ser assim e, só teria sido bom se tivesse sido desse jeito. Talvez estivesse sacramentado nas estrelas ou nas ondas do mar, não importava.  Após nos recompormos voltamos para o Bar sob alguns olhares curiosos, afinal, ficáramos um bom tempo longe do convívio dos amigos. Passe com Flagie agarrada pela cintura e Heitor olhou para mim e sorriu e depois piscou; sim, ainda continuávamos sacanas e amigos. À caminho de nossas mesas sorrimos para todos e todos sorriram para nós. E era gostoso ter seu corpo grudado ao meu. Depois pedimos licença aos companheiros de farra e pegamos uma mesa só para nós. Eu e Flagie sentamos um á frente do outro, e nossas pernas roçaram por debaixo da mesa, e rimos ingênuos e maliciosos, e nos olhamos fartos de alegria e tesão.Sim, eramos olhos insinuantes, desses que  percebem tudo.

E foi tocando nossas mãos que notamos que a cumplicidade que nos acompanharia. Sentíamos algo mágico, e era como se protegêssemos a relação.
Jamais poderíamos garantir nada, mas nascera sim o sentimento, não só o de tesão ou simpatia, mas o de imenso prazer de estarmos ali olhando um para o outro. Era como se seus olhos negros me dissessem; cara, estou aqui e nós vamos curtir um barato legal, vamos nos ajudar a suportar esse mundo individualista e difícil de ser compartilhado.
Sim, soubemos disso naquele instante e não íamos deixar escapar a chance.
Paixão? Não, claro que não. Era algo e além mais dum corpo que se deseja e olhos que sorriem, mas que uma manhã de segunda feira te faz esquecer.
Eram duas da manhã quando a levei em casa. Ao desligar o motor à frente do seu portão, luzes s  acenderam no interior do imóvel. - "Xi, papai é fogo!" - Ela disse.
Eu apenas sorri, afinal, para não se queimar há um único caminho; não brincar com fogo.
"Foda-se, quero me queimar!" - Disse para mim ao dar um rápido beijo em sua boca e depois  vê-la descer do  automóvel.
Flagie adentrou o portão cabisbaixa, e eu pensei; Ah, se  papai soubesse eu seria um cara tostado.

-Que venham as brasas - Murmurei baixinho enquanto ela entrava pela porta da sala.

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