quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cenas

Somos anjos e demônios.

Enquanto anjo te visito na doçura das preces ao querer-me dedilhando poros e sugando tuas cavidades. E é assim extasiada de imaginação que te escancaras  enquanto beijo tua boca e acaricio teu sexo. Como de hábito suavemente nos possuímos e sorvemos as delícias que nossos orgasmos excretam.

Porém , nem sempre quer-me assim; Doce, sacro e santo.

Por vezes torna-me brasa; Então me fazes o demônio que lateja e arde dentro de ti numa chama que jamais se apaga.
E assim ecoam os teus gemidos, e eles se  alastram pelas paredes e elas pudessem apenas ouvir e ocultar  os segredos de todos nossos sussurros.
E é nesta hora que não sou mais dono de mim e nem deste teu olhar depravado. Excitam-me teus lábios carmins que  proferem palavras desvairadas que se sustentas num riso insano:

- Cara! Aqui não é solo santo e nem você é meu anjo agora! -  Autoritária determinas.

Ainda te ouço num mesmo tempo que  ofegam nossas respirações; Sabemos, a hora é chegada:

- Anda! Penetra-me, mais rápido! – Ordenas num ir e vir  de corpo - O que importa naquele momento é o prazer que te concedo na pele que me impôs;  A dum pobre apaixoando perdido da alma  –

Ages como se eu fosse um principiante e então debochas e  ris arrogante ao cerrar os olhos e desfalecer de tanto prazer.
Depois de alguns minutos o  hábito de sempre; Com cara de vadia evitas tua própria nudez ao vestir as lingeries.  Recomposta olha-me com fogo e saltitante te levas ao banheiro. Ali, como de costume te inspecionas  no espelho,  retocas a maquiagem e  pressionas os lábios deslizando as mãos no corpo,  ajustando as peças íntimas com extrema delicadeza.

De onde estou curvo o tórax e pela pequena abertura da porta vejo parte das tuas ancas  adornadas  pela ínfima calcinha vermelha; Provavelmente o reflexo no espelho te previne  que és capaz de enlouquecer um homem. Retorno o corpo, acendo um cigarro e sorrio ao expelir a fumaça que segue na direção do teto. Contudo antes de chegar ao destino ela deixa pelo caminho traços e  contornos imprevisíveis.

Então você ressurge entre a fumaça e faz careta para o vício que arde entre meus dedos. Você não gosta de supresas;  Verdadeiramente detestas os meus cigarros tanto quanto persistes linda e deliciosamente sensual.
Aos poucos o olhar da mulher  se despe do tom de censura e se abre num sorriso de dentes perfeitos; Outra vez a magia de ti; Faceira,  cedes o lugar para uma garota  que sussurra-me mimos e depois debruças e  mordiscá--me os lábios; sei que gostas disto.

Por fim te jogas na cama e te aninhas em meu peito deixando neste pobre diabo um oceano revolto da mesma sensação; Para mim, eternamente, será como se houvesse sido a primeira vez.


Copirraiti 2011Set21
Véio China©

Um comentário:

Telles disse...

Espero ler mais do mesmo...por vezes o mesmo é muito melhor do que o mais, pois se auto transforma e se autgo reproduz.
Bom texto.